sexta-feira, 3 de julho de 2009

Por que.

Por que uma esperança?
Um gesto de amor,
esperado?
Por que o amor,
se não há escapatória,
por que a memória,
no aprendizado de amar?

por que a fé,
e por que ela nos assola,
sempre quando, fora,
hora,
de desacreditar?

por que a poesia,
neste momento de agora.
por que, estas palavras,
se tudo tanto,
se disforma?

por que no mundo, tanta medida,
se viver é tão imedido,
por que a idéia de finitude,
se tudo é tão infinito?

por que o amor,
e por que tanto se ensina?
Por que o amor.
Se o toque, não nos aproxima.

Tocou a face
mas alcançou o coração.

4 comentários:

Luiz disse...

quantas vezes a alma não é a superfície da pele? e vice-versa.
quantas vezes a um instante é a eternidade? e vice-versa.

Jennifer Reis disse...

Amei o blog!

Magister Occultus disse...

Romântico e ao mesmo tempo: Dramático.

Lucas Cassol Gonçalves disse...

Os “por quês” não cessam, e o infinito da razão paradoxal não permite trégua...

Seguimos, porque existe um porquê.

(Obs: ritmo perfeito)