segunda-feira, 26 de maio de 2008

Chega do usual, é hora de recriar.

Quero originalidade no amor, paixão de verdade. Nada de serenatas ao luar, contar estrelas no céu, jantar à vela, viagem cara. Eu quero um amor que me complete! Alguém que seja fiel a mim, o resto a gente faz. Chega do romantismo usual. Quero que me ame que nem um filme de Tarantino! Com ação, paixão e veracidade. Quero sair dos limites, explodir fronteiras. E que me ame de verdade! Não aceito um ‘eu te amo’ para a eternidade, se no dia seguinte me deixará só. Se disser que me ama, que esteja comigo com toda a intensidade. Quero calor, contato e sinceridade. Entre nós dois não haverá segredo. Podemos sim ver o pôr-do-sol colados, mas que à noite, me tire da realidade! Se quiser alguém, à vontade, a porta está aberta. Mas, só com uma condição: Tenha criatividade!

sexta-feira, 23 de maio de 2008

Que o verdadeiro amor nos tire da lama

Em meio a tanta intolerância, e perda. Só enxergo um porquê:
As pessoas desaprendem a amar, por temer o amor.

Não é qualquer um que consegue pôr rédeas no amor. Às vezes sinto que meu amor é outra pessoa, sendo eu uma coexistência de duas coisas: O amor e a razão. A razão é fácil de se controlar, comparada ao amor. Mas, já o amor, não sei se me reserva a caixa de pandora ou um anel de diamantes. E assim, fica-se rendido às suas peripécias.

Começo a acreditar, que o amor é um brincalhão, uma criança vestida de adulto, um cachorro vestido de leão, e não o contrário. Só que muitas pessoas assim como julgam o livro pela capa, julgam o amor pela sua vestimenta. E quem não temeria um leão? Daí vem o medo. Banaliza-se o amor, pela incerteza que o amor traz. Eu não acredito como o tornaram em algo tão banal. Em algo que segue fórmulas, que possui iconografias, tornaram-no em um intragável clichê. E assim, o amor perdeu sua magia nas pessoas. Perdeu seu brilho de criança nas pessoas. Só serão felizes no amor, os corajosos. Os que aceitarem tanto as lágrimas quanto os beijos. Pois o amor não se limita às rosas vermelhas, nem às velas acesas. O amor é maior. Por isso há tanta gente que se queixa, fizeram pro amor um manual de instruções. Só que o amor não tem limites. Ama-se e deixa-se amar livre.

Chega, estou cansado desta baboseira! Ao amor que me der rosas vermelhas. Taco-as no chão!

segunda-feira, 19 de maio de 2008

Ode à Intolerância

Porque se é tão difícil encarar a realidade? Será a realidade tão má? Ou serão as pessoas tão frágeis? Mas, como, se a sociedade é obras das pessoas. Como abaixar a cabeça diante de algo que fazemos parte?! Digam-me, as diferenças entre heterossexuais e homossexuais tão relevantes assim? Porque não encarar e dizer: - Sim, esse sou eu, e terão de me aceitar! Porque será tão difícil de se impor? Porque que as diferenças são mais levadas em conta do que as semelhanças? Se sou gay, se sou travesti, de que importa? Se no final, o fim é o mesmo. Se todos nasceram de uma mãe, se todos possuem sentimentos e todos são capazes de amar. Porque tanto preconceito?! Quero saber. Pois assim como todos, amo e necessito ser amado. Como, bebo, cago e peido. Choro, rio, sorrio, busco a felicidade e a felicidade de meus amados. Porque tanto preconceito?! Porque a ignorância, se o conhecimento é tão maravilhoso? E ainda mais nos dias de hoje, onde o conhecimento é tão mais acessível! Eu quero saber. Não entendo a razão de tanta intolerância e indiferença. Decerto que a vida não é coisa simples. Decerto, que todos precisam de amor.


Não peço a compaixão dos alienados, não peço o choro do sentimentais. Eu peço compreensão. E, dos oprimidos conformados, eu peço consciência. Se o preconceito é tão ruim, pior ele é quando você o aceita. Se tem algo que me dói, é ver um oprimido de cabeça baixa. Almejando uma vida comum. Querendo ser igual a todos. Rendendo às garras da sociedade.


Eu vou ao contrário: Não preciso seguir consensos! Não preciso ser igual!


É tão bela a vida quando se aprende com as diferenças, quando se confronta pontos de vista diferentes, é assim que se aprende. Ao menos eu.

sábado, 17 de maio de 2008

Nuvens

São nuvens,
Espessas, extensas,
Nubladas, translúcidas,
Escuras, misteriosas,
- Aveludadas.

São cinzas jogadas,
No céu, ao vento,
São cinzas,
De todas minhas mágoas,
São choros, são lágrimas,
São dores, clamores de ajuda,
- Vulcanizadas.

É a tristeza que assola,
É o chorume de outrora,
É o luto, o silêncio,
É o grito não gritado,
É o discurso não dito,
São palavras,
- Pesadas.

São dores desconsoladas despreocupadas
Desapressadas dores afogadas
Desconsolado pensamento reflexivo
Nuvens reflexivas
- Afogadas.