quarta-feira, 25 de junho de 2008

Pôr-do-sol

Quem me nega que os mortos,
Que na eternidade de sua ausência,
Não choram por lhe faltarem,
O romântico pôr-do-sol.

Quem me nega que os sozinhos,
Que na falta do seus amantes,
Não se consolam com a visão,
Do pôr-do-sol amigo.

Quem me nega que os trabalhadores,
Que no cansaço do trabalho,
Quando na hora de ir para casa,
Se descansam no pôr-do-sol.

Quem me nega que os amantes,
Que se acham no carinho,
Perdem toda a noção da hora,
Quando estão ao pôr-do-sol.

Quem me nega que os frígidos,
Buscam todo o sentimentalismo,
Na ternura do pôr-do-sol.

Quem me nega que os fortes,
Que no topo de seus pedestais,
Ficam pequenos diante do pôr-do-sol.

Quem me nega que os fracos,
Que na tristeza dos acontecimentos,
Se acontecem no pôr-do-sol.

Quem me nega que os carentes,
Que na incerteza de um abraço,
Abraçam o pôr-do-sol.



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