sexta-feira, 19 de setembro de 2008

Adeus.

Quimeras de que a lua trouxesse.
O som vago de nossos anseios.

Quisera que o mar ecoasse.
O eterno de nossos desejos.

Que estivesse escrito na terra.
Por onde devemos andar.
Que nos dissesse o brilho estelar.
Qual o caminho do céu.

Se jardins eu pudera plantar.
Ou miragens lhe escrever.
De sussurros lhe enlouquecer.
E poder te enamorar.


Mas,
Que me venha o sol da manhã.
Que me venha o canto das ondas.
E a visão do horizonte.
Quem sabe quem estará além-mar.

Que me entorpeça o fulgor das sereias,
Serenamente irei me afogar.

Não mais me interessa o brilho das estrelas,
Muito menos a doçura do teu olhar.

Que me entorpeça a loucura dos bêbados,
Embriagado, irei me levar:

Por toda a solidão que a vida passa.
Por onde a vida passar.

2 comentários:

Unknown disse...

é.. tudo demais na vida enjoa...

Felipe Andrade disse...

Como você consegue ser simbolista sem ser 'autista' e pedante?
Como você consegue ser moderno sem ser hermético e conceitual?

E, mais uma vez, eu deixo um comentário em que não se diz nada.